Saturday, August 16, 2008

The Voice Of The Soul - Death

Death foi uma das bandas pioneiras do movimento Death Metal e sempre apontada como muitos como a responsável pela própria criação do sub-estilo da música pesada, embora Chuck Schuldiner , o criador da banda, sempre tenha recusado essa distinção para si próprio. alegando que ela pertencia à clássica demo de 1984 dos Possessed intitulada simplesmente de Death Metal. Essa demo também foi a razão da mudança do nome da banda de Mantas para Death nesse mesmo ano. Partindo de um primeiro álbum carregado de ambiente gore - o nome diz tudo, Scream Bloody Gore - depressa Chuck sentiu-se limitado por aquilo que era suposto ter de ser feito por uma banda de Death Metal. Os próximos álbuns são cada vez mais levados ao limite. Ao limite de Chuck em termos de escrita de música e de técnica como guitarrista assim como das suas muitas line-ups, sempre em constantes alterações. E conforme é criada uma aura de tirano mimado insuportável pela má relação que tinha com a imprensa especializada e a problemas com alguns ex-membros, o único interesse que tinha era levar a música cada vez mais longe e demarcar-se totalmente do estilo Death Metal. Sempre que alguém se referia a ele como o Padrinho do Death Metal, a resposta dele invariavelmente seria, " É só Metal, porra!".
Grande parte da má relação que obteve com a imprensa foi pela sua honestidade brutal e pela maneira apaixonada que via, sentia e sobretudo sentia a música. Num mundo, como todos os outros, que se baseia muito em compadrios, lamber cús e imagem, Chuck nunca se importou por isso. As suas respostas a rumores que eram lançados eram quase sempre silenciosas, optando por se dedicar à música. Não havia um aspecto visual em Death, além das capas dos álbuns. Ele apenas se interessava pela música. Poucos dias atrás vi uma declaração de Pat O'Brien, ex-guitarrista de Nevermore e actual de Cannibal Corpse, onde ele contou a experiência de ter ido em tour - na altura ainda estava nos Nevermore - com Death e da maneira como ele se concentrava unicamente na música, tendo chegado a tocar de sandálias em concertos. Não é imagem, não é aquilo que as pessoas pensam de ti. É a música.
E esta atitude é uma inspiração, não só no campo da música mas no campo da vida. Não esquecer o que é realmente importante para cada um de nós e vivê-lo com paixão. Vivê-lo, verdadeiramente.
Poderia usar esta minha escolha simplesmente como homenagem a um grande músico mas acima de tudo a um grande ser humano que ousou viver por aquilo que acreditava e a ser sincero consigo e consequentemente, com todos os outros, num mundo e num meio em que isso é quase tido como ofensa.
É algo mais que isso. É a essência dele. É a nossa essência. Minha e daqueles que sei que estão um pouco por todo o lado. E é possível que esta música não toque aos outros como me toca a mim, por ela me ter acompanhado em muitos momentos do meu crescimento como apreciador de música e até pseudo-músico, como ser humano, racional e irracional capaz de sentir. Também não é esse o objectivo da minha escolha. Esta é a música que define o espírito de todos os que vivem pelas suas paixões e que vivem o que são, duas coisas inseparáveis. Ou pelo menos, assim deveria ser.
Esta música é instrumental porque a voz da alma não fala por palavras.



Charles "Chuck" Schuldiner
13 de Maio, 1967 - 13 de Dezembro, 2001




Monday, August 4, 2008

Don't Worry, Be Happy - Bobby McFerrin

Se há musica que eu posso dizer que associo a mim, é esta música. Foi e é o meu lema mais querido, desde a minha infância. Bobby McFerrin é um artista incrível. Um artista vocal, pois muitas das suas musicas não contém instrumentos para além da voz e quando os têm, a voz continua a ser o instrumento principal. Dotado de uma capacidade de fazer sorrir qualquer pessoa quando se ouve Bobby McFerrin, o facto de eu passar a minha infância a cantar “Don’t worry, be happy” marcou-me ao olhos de muita gente como uma pessoa de bons humores, o que eu digo que é totalmente falso. *risos* Resta apenas dizer, sobre mim, que posso não ser de bons humores mas “Here, have my number, when you worry, you call me and I make you happy” é algo que se pode facilmente associar a mim.

A vida pode correr-nos muito mal, mas enquanto soubermos sorrir, pelo menos não pesa tanto.

Sou velha o suficiente para me lembrar desta musica no seu nascimento. “Don’t worry, be happy” atingiu o número 1 nos USA em 1988 e ganhou o prémio de Canção do Ano e as honras de Record of the Year. Simple Pleasures é o nome do álbum, que tanta fama trouxe a este particular artista, brincalhão com a voz, totalmente dotado de uma capacidade incrível de vocalizar em várias escalas o que nós poderíamos pensar impossível.

Nota: Bobby McFerrin é um maestro conceituado para além de vocalista à lá cappela.

Deixo-vos sem mais demoras para que saboreem a alegria da musica tal e qual como eu a conheço.
Com sorriso.

Don’t worry, be happy.



Don't Worry, Be Happy
From the Movie "Cocktail"
Performed by Bobby McFerrin

Here is a little song I wrote
You might want to sing it note for note
Don't worry be happy
In every life we have some trouble
When you worry you make it double
Don't worry, be happy......

Ain't got no place to lay your head
Somebody came and took your bed
Don't worry, be happy
The land lord say your rent is late
He may have to litigate
Don't worry, be happy
Look at me I am happy
Don't worry, be happy
Here I give you my phone number
When you worry call me
I make you happy
Don't worry, be happy
Ain't got no cash, ain't got no style
Ain't got not girl to make you smile
But don't worry be happy
Cause when you worry
Your face will frown
And that will bring everybody down
So don't worry, be happy (now).....

There is this little song I wrote
I hope you learn it note for note
Like good little children
Don't worry, be happy
Listen to what I say
In your life expect some trouble
But when you worry
You make it double
Don't worry, be happy......
Don't worry don't do it, be happy
Put a smile on your face
Don't bring everybody down like this
Don't worry, it will soon past
Whatever it is
Don't worry, be happy