Tuesday, December 18, 2012

Blind Bleeding The Blind - Carcass

Carcass. Uma banda lendária que influenciou três estilos dentro da música extrema: 

O goregrind / grindcore dos primeiros dois álbuns, Reek Of Putrefaction e Symphonies Of Sickness, com muitas imagens dignas de filmes do Fulci, com termos médicos e da anatomia humana, algo que viria a tornar-se um dos principais estilos da música extrema a nível mundial, principalmente no início do novo milénio, a par com o black metal.

O death metal de orientação mais técnica, presente no primeiro álbum com Michael Amott, passando o grupo a ser um quarteto, o clássico Necroticism - Descanting the Insalubrious.

O death metal melódico, que muitas bandas norte-americanas se viriam a apoiar como influência no novo milénio - embora seja sempre discutível esta afirmação, mas é inegável a importância que Heartwork teve, mais que não seja por ter os Arch Enemy como seguimento lógico.

É precisamente do clássico álbum de 1993 que é retirado este Blind Bleeding The Blind, uma das que mais me chamou a atenção quando ouvi o álbum, pelo o seu groove e riff  inicial como pelos diversos solos ao longo da música, mas principalmente pelo contraste entre a voz áspera de Jeff Walker e as melodias das guitarras. Aquela entrada devastadora que depois culmina numa série de licks sobre um ritmo cheio de groove é por demais viciante. Não esqueçamos o conteúdo lírico, onde os Carcass já começam a demonstrar uma consciência de critica social nas suas letras. 

Um clássico de um álbum cheio deles.


Parched with thirst our cup overfloweth
With the crimson milk of human blindness
In charnel towers of ivory besieged
The bones of subjugation are picked clean
In barren decadence, tears are the only affluence
Welling eyes are indifferent, as the blind bleed

Blood and tear - out damn spot out
The fruits of perpetual decay
Pouring the salts in open wounds - out damn spot out
The scars remain, will stay perpetual decay

Bloody hands never wash clean
Abject misery to bleed
Decadence to feed
Out damn spot out

Parched with thirst how the other half die
Void of compassion our cup runs dry
With a silver spoon born to dig communal graves
The only consecration, the economics of pain
In barren decadence, tears are the fuel of affluence
Wells of blood run diffluent, a bitter harvest to reap...



Tuesday, September 4, 2012

Mirror Mirror - Blind Guardian

É lendária a admiração que eu tenho por esta música. Toneladas de arranjos, que mesmo após milhares de audições me continuam a surpreender. É certo que se não fossem as experimentações dos Queen com coros (principalmente no A Night At The Opera) não teríamos hoje em dia os Blind Guardian tal como os conhecemos - Hansi Kürsch multiplicado por mil, arrepia). A Nightfall At Middle Earth é o álbum definitivo da sua carreira, um marco do power metal que ainda não foi superado, tarefa essa quase impossível, arriscaria. Um álbum conceptual sobre uma das obras mais complexas de high-fantasy de sempre (e talvez a primeira) poderia supor que traduzindo para música, o sumo musical seria enfadonho. Nada mais errado e esta Mirror Mirror é a faixa do álbum que mais me apaixona. Empolga (aquele refrão, meu Zeus... a perfeição em forma musical), sossega, tudo com muitas imagens a surgirem da Terra Média. Música com imagens, para um livro com imagens. Perfeição.

É claro que para quem não gosta de Tolkien, ou de high-fantasy, para quem quem não gosta de power metal... tudo isto vale tanto como uma saca de cebolas com grelo. No entanto, para aqueles que se recusam a deixar de morrer a sua parte de criança, para aqueles que vibram com os ecos do passado, um passado em que sonhávamos e não eramos recriminados por isso... esta é a vossa música. Apertem os cintos e bem vindos ao outro lado do espelho.


Far, far beyond the island
We dwelt in shades of twilight
Through dread and weary days
Through grief and endless pain

It lies unknown
The land of mine
A hidden gate
To save us from the shadow fall
The lord of water spoke
In the silence
Words of wisdom
I've seen the end of all
Be aware the storm gets closer

Mirror Mirror on the wall
True hope lies beyond the coast
You're a damned kind can't you see
That the winds will change
Mirror Mirror on the wall
True hope lies beyond the coast
You're a damned kind can't you see
That tomorrows bears insanity

Gone's the wisdom
Of a thousand years
A world in fire and chains and fear
Leads me to a place so far
Deep down it lies my secret vision
I better keep it safe

Shall I leave my friends alone
Hidden in my twilight hall
(I) know the world is lost in fire
Sure there is no way to turn it
Back to the old days
Of bliss and cheerful laughter
We're lost in barren lands
Caught in the running flames
Alone
How shall we leave the lost road
Time's getting short so follow me
A leader's task so clearly
To find a path out of the dark

Mirror Mirror on the wall
True hope lies beyond the coast
You're a damned kind can't you see
That the winds will change
Mirror Mirror on the wall
True hope lies beyond the coast
You're a damned kind can't you see
That the winds will change

Even though
The storm calmed down
The bitter end
Is just a matter of time

Shall we dare the dragon
Merciless he's poisoning our hearts
Our hearts

How shall we leave the lost road
Time's getting short so follow me
A leader's task so clearly
To find a path out of the dark


Monday, May 14, 2012

Inquisition Symphony - Sepultura

Uma banda que definitivamente fazia aqui falta, não tanto pelo seu trabalho presente (ou até passado mais recente) mas pela glória do seu passado. Uma banda que compôs hinos do death/thrash que muitos não conhecem ou pelo menos não se lembram de quando se fala de Sepultura (ou até julgariam impossível a banda fazer), principalmente desde que Andreas Kisser entrou para a banda até ao Chaos A.D..  Não que os dois álbuns finais com Max Cavalera não contenham mutias músicas que possam figurar neste blog, mas a força dessas músicas é a força da simplicidade, enquanto este tipo de músicas a que me refiro são um pouco mais complexas.

E por falar em complexidade, que tal um épico de sete minutos, instrumental que é simplesmente deslumbrante na sua estrutura, riffs e solos? Só é pena a produção ser um pouco podre, mas isto regravado com uma produção actual, sem dúvida que seria (ainda mais) uma malhão intemporal. Toda a dinâmica creepy do início, as constantes reviravoltas, mudanças no ritmo e claro, o dom de fazer o ouvinte abanar o carolo até não poder mais.

Thursday, March 8, 2012

The Clans Are Marching - Grave Digger

Há qualquer coisa na Escócia que me fascina profundamente. Não sei se são as paisagens, o ambiente histórico, as personagens, o som das gaitas-de-foles, ou tudo junto, mas é um país que o sinto como meu, embora nunca tenha estado lá. Quando ouvi esta música pela primeira vez em meados de 96, numa cassete cheia de videoclips do canal alemão de música Viva (o que a malta fazia antes para ter acesso à sua música de eleição) fiquei logo, "Woow! Que banda é esta da qual eu desconhecia por completo a sua existência?!" Obviamente que o nome Grave Digger ficou a figurar na minha extensa wanted list da altura. Assim que apanhei o álbum, Tunes Of War e me apercebi que o álbum era conceptual que contava parte da história da Escócia, fiquei com a certeza de que era um dos álbuns da minha vida. Mesmo antes de ouvir. Mas isso são outras histórias.
Voltando ao tema propriamente dito... este começa com o refrão em coro, e passa depois para a distorção, com um grande riff tenga tenga que dá mesmo gozo abanar o carolo. Quando Chris Boltendahl abre a goela parece que estamos na presença de um Gnu que ficou preso com uma pata numa armadilha de urso e desata a (tentar) cantar o hino nacional da Suazilândia, mas hey, é metal e depois de ouvir aquela voz, mesmo sabendo que pode fazer mal à saúde, não se quer outra coisa, porque esta música... esta música, meus amigos, é daquelas que nos faz erguer o punho no ar assim que a ouvimos. Estejamos onde estivermos. Até mesmo na casa de banho. Quando estamos sentados. A... coiso.

The clans are marching `gainst the law
Bagpipers play the tunes of war
Death or glory i will find
Rebellion on my mind

Rumours know that rebellion will break out
Bonnie Prince Charles is in the highlands to claim his crown no doubt
He raised his Standart at Glenfinnen calling to our pride
The Jacobites are gathering I'll be at their side

Armed and ready stand
My rights I must defend
Steel is in my hand

The clans are marching `gainst the law
Bagpipers play the tunes of war
Death or glory i will find
Rebellion on my mind

The town of Edinburgh fell soon in our hands
Defeated the English at the Battle of Prestopans

Armed and ready stand
My rights I must defend
Steel is in my hand

The clans are marching `gainst the law
Bagpipers play the tunes of war
Death or glory i will find
Rebellion on my mind