E fazendo um leve esforço para não por mais uma power ballad, vou voltar-me para o puro rock, cheio de groove e numa música que se tornou imagem de marca para muitos músicos da década de 80 e 90 e serve de cartão de apresentação para esta banda que iniciou a carreira em 1967 e continua activa até hoje apesar do seu peso comercial ter sido reduzido em muito. Uma das suas músicas mais conhecidas - e que já teve inúmeras versões - é a Don't Fear The Reaper, que também deve fazer a sua aparição algum dia por aqui. Esta é uma música de fácil assimilação, sem grande profundidade lírica mas que é impossível não ficar viciado com aquele riff de guitarra e com o ritmo, a batida. Embora já tivesse conhecido a banda uns anos atrás sem saber, através de covers da Don´t Fear The Reaper pelos Him e pela Astronomy pelos Metallica, foi apenas quando me emprestaram o álbum Spectres, de onde é retirado esta música, que eu realmente os fiquei conhecer. Com o álbum a abrir com este clássico é impossível não ficar agarrado. Tem aquele ambiente das faixas clássicas de rock dos anos de 70, que vão ficar na história da música...e do rock. O videoclip é um must, com imagens de vários filmes do famigerado monstro japonês. Também fica aqui um clip ao vivo em Nova Iorque em 1980, com direito a Godzilla e a solo de bateria. Clássico.
Bom power metal, pesado. É verdade. Vou-vos falar de uma musica terrivelmente carismática da minha adolescência. Sempre que eu começava a ferver de raiva, que não eram casos raros (todos os adolescentes têm as suas incríveis crises de raiva), eu sentava-me sossegada no meu quarto e punha no leitor de cds o album “The Triumph of Steel”(1992) dos ManOWar. E automaticamente carregava no forward até à musica Burning e ficava ali a absorver o poderio da voz dos “pulmões-de-aço” do Eric Adams a sussurrar, de inicio, as palavras, entre batidas da bateria muito calmas, pausadas, até a altura em que David Shankle (guitarrista entre 1989-1993) entra com a guitarra mais louca que se consiga imaginar. Dá quase para ter a sensação que o rapaz estava a rasgá-la ao meio, ou que qualquer coisa estava a ser rasgada ao meio. Ainda hoje gosto de me sentar a ouvi-la e simplesmente deixar a imaginação fazer o seu trabalho. É, para mim, uma das melhores musicas do álbum (se não contarmos com a Master of the Wind, que é uma balada) e dá mesmo vontade de largar os cabelos num perfeito movimento de cabeça.
Não há melhor esconjuro do que a musica. \m/
Infelizmente, eu não consegui encontrar nenhum vídeo desta musica (provavelmente nunca foi feito), por isso aconselho aos curiosos irem à procura do álbum e se conseguirem encontrar, que a oiçam. Verão que é impossível não deixar de sorrir.
We have come from the ashes, of the burning away Pouring blood in the fire, on the altar of pain Led into temptation, now the black Gods align Here there is no salvation, and your blood is my wine Here's a world that is waiting, between the living and The dead, here the flesh and it's pleasure are Eternally wed, all is all for the taking, for a life or a Lie, at the end of the breaking I'll be watching you die Crawl to the silence, renounce and deny The stars and the numbers, foretold of this time To the words and the wisdom, too the promise of lies, by Their anger and fury The strong will survive
Aqui vai mais uma Power Ballad, coisa que eu confesso que sou bastante viciado, desta feita do primeiro álbum a solo de Bruce Dickinson após a saída dos Iron Maiden. Gosto bastante desse álbum, Balls To Picasso, embora seja substancialmente diferente dos Maiden, embora continue a ser Heavy Metal. Esta música, The Tears Of The Dragon, é algo semelhante à Return To Serenity dos Testament, na maneira como me "fala" sendo a melancolia também um dos sentimentos que mais me suscita. Mas encontro mais identificação com esta porque é um processo pelo o qual passei, e penso que todos passem, principalmente na adolescência mas não só. O de enfrentar os medos, a mudança, o dar um salto de fé para o desconhecido, confiança em nós próprios, os erros que cometemos, o nosso lado negro, a procura por nós próprios, VIDA. Uma música que tem um significado profundo para mim e que me vai sempre emocionar não só pela sua letra como pela música que é para lá de linda e o solo que é arrepiante e obriga-me a repeti-lo diversas vezes - a música passa dos seis minutos para os doze, só pelas repetições do solo. Tal como clip dos Testament, este também tem o solo mutilado mas vou pôr também uma versão orquestral que apesar de não ter o solo igual à música original, também está muito boa. Abaixo os mutiladores de solos!
Em conversa com o meu companheiro de blog, veio-me à memória esta musica dos Simply Red que muito me agrada. “So Beautiful” está no album Life (1995), considerado um dos álbuns de mais sucesso desta banda do ruivo Mick Hucknall. Este album vendeu no Reino Unido um milhão de cópias e foi lançado graças ao seu single “Fairground”. Quando o cd me chegou às mãos, uma prenda que me fez sorrir, sem duvida, esta foi das musicas que ouvi, e ouvi, e ouvi. Ficou marcada pelo ritmo quase adormecido, de daydream quer dos instrumentos, tocados quase debaixo de água, à voz arrastada de Mick Hucknall. Mas o mais espantoso da musica é, sem qualquer duvida, a letra. Identifiquei automaticamente na altura uma data de pessoas que se poderiam enquadrar perfeitamente nesta letra e ainda hoje, continuo a encontrar pessoas no meu caminho que se enquadram como se a musica tivesse sido escrita apenas e somente para elas. Dá vontade de lhes cantar baixinho “So beautiful but oh so boring”…
Deixo-vos com a voz e o encanto de Simply Red
I was listening to this conversation Noticing my daydream stimulated me more I was crumbling with anticipation You'd better send me home before I tumble down to the floor You're so beautiful but oh so boring I'm wondering what I'm doing here So beautiful but oh so boring, I'm wondering If anyone out there really cares About the curleys in your hair My little golden baby, where have all your birds flown now? Something's glistening in my imagination Motorvatin' something close to breaking the law Wait a mo' before you take me down to the station I've never known a one who'd make me suicidal before She was so beautiful but oh so boring I'm wondering what I'm doing here So beautiful but oh so boring, I'm wondering If anyone out there really cares About the curlers in your hair My little golden baby, where have all your birds flown now?
Nem sem por onde começar... Aclamada muitas vezes como a melhor música de sempre em diversos tops e sondagens, esta canção foi sem dúvida um (dos muitos, diga-se) golpe de génio dos Queen e principalmente do seu vocalista e frontman, Freddie Mercury. Com a ideia inicialmente a ser formada a partir da música My Fairy King do primeiro álbum, Freddie foi construindo esta ideia de ter uma rapsódia (a definição clássica de rapsódia é de uma peça com diversas secções distintas reunidas em um só movimento) com uma parte de ópera. Parte essa que foi um pesadelo para gravar dadas as limitações técnicas da altura: usando o gravador de 24 pistas, quando acabaram os cerca de 180 overdubs das vozes, que demoraram cerca de 70 horas, tinham um total de 120 vozes. As fitas ficaram quase transparentes e começaram inclusivamente a deitar fumo, quase arruinando uma das músicas mais emblemáticas do século XX. Embora as letras demonstrem uma semelhança enorme com a obra de Albert Camus - O Estranho, Mercury nunca revelou exactamente qual é o verdadeiro sentido da música, tendo dito ao seu amigo Kenny Everett que as letras não passavam de baboseiras que rimavam. Perguntado sobre o sentido destas, Brian May disse que provavelmente nunca iríamos saber o real significado destas, mas que mesmo que ele soubesse não iria dizer porque iria tirar a capacidade e liberdade de cada pessoa se identificar com ela, prendendo-a a apenas um sentido. Provavelmente reflecte problemas que Freddy atravessava na sua vida pessoal, mas que, de qualquer maneira, é melhor deixar essa pergunta a pairar no ar. Esta música também marca o primeiro video-clip feito na história da música. Tudo porque eles foram convidados para o programa popular na Grã-Bretanha, Top Of The Pops, mas fizeram tudo para não irem, já que o programa em si era visto como algo aborrecido para eles e já que era para cantarem e tocarem em playback, decidiram gravar um vídeo (e foi mesmo gravado em vídeo e não em filme) exactamente para poderem escapar à actuação. Mal sabiam eles que estariam a lançar uma moda que se alongou às restantes bandas britânicas e tornou-se uma obrigação com o aparecimento da MTV no início dos anos 80. Parte do vídeo tem inspiração na capa do segundo álbum, onde a cara dos quatro membros está rodeada de sombras. Uma das canções da minha vida, um clássico imortal que sempre que ouço me traz memórias do que fui e do que sou hoje em dia. Daquelas que me acompanhou quase sempre e que vai sempre acompanhar, gerando aquela identificação de que o Brian May falava. As diferentes fases, a tristeza, a beleza, a diversão, a raiva. Tudo junto numa só música. Representação musical da Vida em si.
Is this the real life? Is this just fantasy? Caught in a landslide No escape from reality Open your eyes Look up to the skies and see I'm just a poor boy I need no sympathy Because I'm easy come, easy go Little high, little low Any way the wind blows doesn't really matter to me To me
Mama, just killed a man Put a gun against his head Pulled my trigger now he's dead Mama, life had just begun But now I've gone and thrown it all away Mama Didn't mean to make you cry If I'm not back again this time tomorrow Carry on, carry on As if nothing really matters
Too late, my time has come Sends shivers down my spine Body's aching all the time Goodbye, everybody I've got to go Got to leave you all behind and face the truth Mama I don't want to die I sometimes wish I'd never been born at all
I see a little silhouetto of a man Scaramouche, Scaramouche Will you do the Fandango? Thunderbolt and lightning Very, very frightening me (Galileo) Galileo (Galileo) Galileo Galileo, figaro Magnifico I'm just a poor boy and nobody loves me He's just a poor boy from a poor family Spare him his life from this monstrosity Easy come, easy go, will you let me go Bismillah! No, we will not let you go (Let him go!) Bismillah! We will not let you go (Let hime go!) Bismillah! We will not let you go (Let me go!) Will not let you go (Let me go!) No, no, no, no, no, no, no Oh, mama mia, mama mia Mama mia let me go Beelzebub has a devil put aside for me For me For me
So you think you can stone me and spit in my eye? So you think you can love me and leave me to die? Oh, baby Can't do this to me, baby Just got to get out Just got to get right out of here
Nothing really matters Anyone can see Nothing really matters Nothing really matters to me Any way the wind blows
Não deve haver personagem mais carismática que o senhor Vinnie. Nome artístico: Alice Cooper. Pai do Theater Horror Rock, ou Shock rock (o primeiro a usar foi o Screaming Jay Hawkings, como já referido), este senhor para além de grandes presenças em palco, tem musicas que se tornaram marcos na minha vida. Simplesmente, o som de rock das suas musicas acompanharam os meus momentos mais loucos. Esta musica tornou-se um marco por me identificar imediatamente com a letra. “blood like ice” “lips poison” apela à minha natureza escorpionica mas é a tentação mortal que a letra fala que me dá vontade de mandar gargalhadas quase insanas e olhar fatalmente para quem se cruze à minha frente talvez inspirada pelo senhor Alice Cooper (e será dos poucos que tratarei por senhor, mas há que reconhecer o seu mérito).
Poucas musicas de rock são tão sexy e chamativas como esta. Da letra à voz, ao solo de guitarra que me apetece deitar no chão, tem um som que se reconhece com facilidade desde o primeiro acorde. Do álbum Trash (1989) (US #20, UK #2), foi o single e o som! Perdoem-me eu ser um zero a falar de musica em si, mas este é daqueles sons que mais vale ouvir e deixar que a imaginação nos carregue para aquele pedaço sádico (ou masoquista, depende da vossa tendência pessoal) que existe em cada um de nós.
Que posso dizer mais? I love this MUSIC!
Your cruel device Your blood, like ice One look could kill My pain, your thrill I want to love you but I better not Touch (don’t touch) I want to hold you but my senses Tell me to stop I want to kiss you but I want it too Much (too much) I want to taste you but your lips Are venomous poison You’re poison running through my Veins You’re poison, I don’t want to Break these chains Your mouth, so hot Your web, I’m caught Your skin, so wet Black lace on sweat I hear you calling and its needles And pins (and pins) I want to hurt you just to hear you Screaming my name Don’t want to touch you but You’re under my skin (deep in) I want to kiss you but your lips Are venomous poison You’re poison running through my veins You’re poison, I don’t wanna Break these chains Poison One look could kill My pain, your thrill I want to love you but I better not Touch (don’t touch) I want to hold you but my senses Tell me to stop I want to kiss you but I want it too Much (too much) I want to taste you but your lips Are venomous poison You’re poison running through my Veins You’re poison, I don’t wanna Break these chains Poison I want to love you but I better not Touch (don’t touch) I want to hold you but my senses Tell me to stop I want to kiss you but I want it too Much (too much) I want to taste you but your lips Are venomous poison, yeah I don’t want to break these chains Poison, oh no Runnin deep inside my veins, Burnin deep inside my veins Its poison I don’t wanna break these chains Poison