Tuesday, November 23, 2010

Seasons In The Abyss - Slayer

Haveria tantas opções para iniciar os Slayer aqui no blog que, como já é política da casa, tive que começar por uma das opções menos óbvias, no meio de todos os clássicos. Retirado do álbum homónimo que marca o fim  - quanto a mim - da boa forma dos Slayer, este Seasons In The Abyss é das jóias mais preciosas da carreira da banda norte-americana. E não digo por esta ser a coisa mais próxima de uma power-ballad  (coisa que sou absolutamente fanático, como já devem estar carecas de saber) que a banda teve, e provavelmente terá, na sua carreira. Um começo com uma melodia viciante, um toque de médio-oriente e um dedilhado com uma ponta de macabro (afinal é de Slayer que estamos a falar, certo) dentro da sua grandiosidade épica. O ritmo que se segue é viciante e o refrão é daqueles que entra à primeira, sendo este processo fácil até para aqueles que não gostam de Slayer. E os solos/duelos King/Hanneman são dos mais inspirados da dupla, tornando o abismo bem sedutor, apelando a que se feche os olhos, se olhe profundamente para dentro da própria alma, se saia do corpo e se deixe ir.

Razors edge
Outlines the dead
Incisions in my head
Anticipation the stimulation
To kill the exhilaration

Close your eyes
Look deep in your soul
Step outside yourself
And let your mind go
Frozen eyes stare deep in your mind as you die

Close your eyes
And forget your name
Step outside yourslef
And let your throughts drain
As you go insane...insane

Innate seed
To watch you bleed
A demanding physical need
Desecrated eviscerated
Times prostrated

Close your eyes
Look deep in your soul
Step outside yourself
And let your mind go
Frozen eyes stare deep in your mind as you die

Close your eyes and forget your name
Step outside yourself and let your thoughts drain
As you go insane...insane

Inert flesh
A bloody tomb
A decorated splatter brightens the room
An execution a sadist ritual
Mad intervals of mind residuals

Thursday, October 14, 2010

Deliverance - Opeth

Quando em 2002, Opeth decidiu fazer uma experiência na composição das suas músicas, a coisa acabou por não correr bem como esperavam. Após atingir um certo nível com o álbum Blackwater Park, decidiram fazer um álbum duplo e fazer no primeiro cd, as composições mais pesadas da sua carreira, sem muitos dos elementos acústicos que os tornaram famosos. No segundo cd, estariam então composições completamente acústicas. A editora da altura, Music For Nations, achou por bem dum produto fazer dois e separar os dois cds em dois lançamentos diferentes, Deliverance e Damnation, respectivamente. Seria de esperar que cada um dos lados da banda não se aguentasse sozinho, mas cedo ficou provado que nem assim o colectivo sueco seria capaz de falhar.
Deliverance, a faixa título, é a soma de tudo o que Opeth foi até esta data representado quer seja nos momentos acústicos - que também marcam presença embora isso não diminua o ambiente de peso de toda a faixa, quer seja pela melodia dos leads como dos solos. O peso avassalador em termos ritmico, a produção e os já mencionados solos. A letra traz um teor apocalíptico à temática lírica (muito apreciada por mim) do relacionamento entre duas pessoas, que acaba de forma trágica. O final é o ambiente perfeito para esse apocalipse, que insiste em repetir-se até à exaustão - que nunca chega a concretizar-se. Outro dos pontos fortes de Opeth, que aqui está particularmente sublime: A tonelada de interpretações possíveis de dar às letras.
Um épico que vai crescendo sem oposição e que, conforme se aproxima do fim, torna-se cada vez mais viciante, sendo impossível deixar de ouvir vezes sem conta, vezes sem conta, vezes sem conta. E é uma música de 13 minutos, faria se não fosse. E o ritmo no final, que fica a martelar por dias e dias, como um código morse ou uma mensagem qualquer desconhecida enviada do além apenas para nos por a abanar o carolo. E como se abana o carolo...


Floating on mist
Crept up the caverns of my brain
Received no warning
From nothing to a life code

Walk with me, you'll never leave

Wait to see your spirit free
Tell me how your heart's in need
As I drown you in the sea

Unwinding snares of distrust

Your wrist in my fast grip

Look me in the eye, I'm clear

This is your time

Face down beneath the waterline

Gazing into the deep

From love to death

In a time span of seconds
Oblivious to regret
Pushed into belief
In liquid cellophane
Gasping for air
Mercy in my eyes
Is the shade of the night

The piercing sounds you make

Soaring higher, higher now
And once left in my wake
Your memory's nothing but the scars on me

All over now

Forgotten why I needed this
Standing down
Disappear into the obscure
Resting days
Waiting for new disease
Biding time
Locked inside insanity

It always burns within

The downward spiral never ends
When driven into sin
Your salvation's found in a sinner's deed

All over now

Forgotten why I needed this
Standing down
Disappear into the obscure
Resting days
Waiting for new disease
Biding time
Locked inside insanity

The devil guides the way

Tells me what to say
Pours himself inside
And snuffs the final light

Deliverance

Thrown back at me

Deliverance

Laughing at me

Deliverance

Thrown back at me

Deliverance

Laughing at me

Saturday, September 18, 2010

Freebird - Lynyrd Skynyrd

Esta é, a par de Stairway to Heaven, uma das mais famosas power ballads de sempre, mesmo que não seja uma no verdadeiro sentido da palavra, já que a power ballad vai crescendo até descambar na mega rockada ou na mega metalada. Neste caso temos a primeira parte, bastante mellow no piano e com a slide guitar, que é basicamente uma música de amor, neste caso de alguém que não consegue amar o suficiente para largar o seu estilo de vida. A segunda parte, explode numa rockada cheia de solos. Originalmente a música tinha apenas a primeira parte e foi uma das primeiras que a banda compus, pelo menos a sua base, só que Van Zant, o vocalista, não conseguia encontrar nenhuma melodia vocal apropriada devido à grande mudança e variedade de acordes porque pensava que para cada mudança de acorde teria que encontrar uma nova melodia. Certa vez, Allen Collins estava a tocar os acordes até que Van Zant, num momento de inspiração, pediu para que ele os continuasse a tocar e em poucos minutos, voilá! Tinha a letra toda. Nunca a apontou, como nunca fazia com todas as músicas, afirmando que, e passo a citar: "Se não me lembrar da letra, é porque não era boa o suficiente".
A segunda parte surgiu também por parte da iniciativa de Van Zant. Começaram por tocá-la nos concertos em clubes, só que o vocalista pediu-lhes para tocarem algo no final de forma a que ele pudesse descansar. Garry Rossington, um dos guitarristas, arranjou três acordes e Allen solou por cima e depois Garry continuou e depois passou para Allen outra vez e por aí fora. Isto tudo numa só jam. Entretanto Van Zant ainda queria que ficasse maior e um dos seus roadies chamou a atenção para a intro de Piano que outro roadie criou para a música. Esse roadie era Billy Powell e acabou por ser promovido de roadie a membro efectivo da banda. A música foi muitas vezes dedicada a Duane Allman dos Allman Brothers que morreu quando a música foi lançada oficialmente (por volta de 1974), por se encontrar no estilo roqueiro de algumas das suas composições.
Quando a tocavam ao vivo, chegava a ultrapassar a marca dos 14 minutos, indo sempre improvisando na segunda parte, mas no início todos tentaram demover a banda de a incluir no seu primeiro álbum Pronounced lĕh-'nérd 'skin-'nérd, que eram loucos por ter uma faixa tão grande - a versão de estúdio tem 9 minutos. E foram feitos inúmeras edições para rádio só que conforme o tempo passou, as edições eram mais longas, até que chegou a uma altura em que as rádios passavam a versão completa.
Basta ouvir e irão perceber, facilmente, porquê.
Depois do acidente que vitimou grande parte da banda em 1977, o irmão juntou-se a uns Skynyrd reformulados com membros fundadores sobreviventes e afirmou que não iria cantar esta música, tornando-se assim uma música instrumental com o público a cantar todas as letras da primeira parte.
Uma das marcas que deixou na cultura popular foi devido na rendições ao vivo, Van Zant perguntava sempre ao público qual era a faixa que ele queria ouvir, ao que eles respondiam em uníssono: FREEBIRD! A partir daí, nos intervalos das músicas de qualquer banda, gerou-se a tradição de gritar Freebird.
O solo infelizmente está cortado porque parece que o youtube não se aguenta com coisas com mais de 10 minutos.


If I leave here tomorrow
Would you still remember me
For I must be traveling on now
'Cause there's too many places I've got to see

But if I stayed here with you,GIRL
Things just couldn't be the same
'Cause I'm as free as a bird now
And this bird you cannot change

Ohohohohohhhhh
And the bird you cannot change
And this bird you cannot change
Lord knows I can’t change

Bye bye, baby, it's been a sweet love, yeah, yeah
Though this feeling I can't change
But please don't take it so badly
'Cause Lord knows I'm to blame

But if I stay here with you, GIRL
Things just couldn't be the same
Cause I'm as free as a bird now
And this bird you never change

Ohohohohohhhhh
And the bird you cannot change
And this bird you cannot change
Lord knows I can't change
Lord help me I can't change
Lord I can't change,
Won't you fly high, Free Bird, yeah


Tuesday, August 17, 2010

The Immortal - Arch Enemy

Estava a pensar numa música bruta para colocar aqui e pensei em Carcass, pela sua recente visita a Portugal, no festival de Vagos. No entanto, os deuses do Metal disseram-me que o mundo dos blogs não está pronto para Carcass - não me disseram o porquê e eu estou cansado, por isso também não perguntei. E a tentar dar a volta à situação, lembrei-me dos Arch Enemy, que a primeira vez que ouvi me fez lembrar Carcass (da fase Heartwork), e o culpado disso será Michael Amott, guitarrista dos dois grupos - os Arch Enemy foram fundados depois de Amott sair dos Carcass, por ele e pelo seu irmão sete anos mais novo, Christopher Amott e pode-se dizer que a rudeza do death metal sueco aliada à melodia extrema de uns Iron Maiden, fizeram o casamento perfeito, perdendo um pouco o impacto social que as letras de Carcass estavam a ter, mas ganhando uma nova dimensão na música. O terceiro álbum da banda, Burning Bridges, foi realmente o álbum que fez a banda explodire o sucesso era inevitável. Ouvindo esta The Immortal, não se estranha Foi mesmo a primeira música que ouvi do grupo e foi amor à primeira vista, seja pelo ritmo, pela produção, até pela voz de cão raivoso de Johan Liiva. Mas foram os solos que me deixaram mesmo de cabelos arrepiados, lembro-me que na altura devo ter ouvido aquela secção umas vinte vezess - é por estas e por outras que os walkmans ia com o carvalho.
Uma grande faixa, ideal para abanar o carolo e claro, para o air guitar. O mundo não tem suficiente tempo de air guitar. Estamos aqui para mudar isso.

This liquid vision of euphoria
Living a life on borrowed time
Paying the price of immortality
Desperately avoiding our fate
Lead me through the halls of tortured souls
Alone, forlorn…human dignity dethroned
Forevermore – A life never ending
Time stands still as the immortals keep on breeding

Chorus:
The future is locked within us
All we need is the key
Crying at the fountain of youth
Eternal life is killing me

Triumphant in chariots they ride
On this arena of the undead
Another lap of honour for the…
Vacant galleries
Lead me through the halls of tortured souls
Alone, forlorn…human dignity dethroned
Forevermore – A life never ending
Time stands still as the immortals keep on breeding


Saturday, July 3, 2010

Watching Over Me - Iced Earth

I'm a sucker for ballads. É um facto inegável e já aqui comprovado diversas vezes. Foi graças a elas que comecei a ouvir o som sagrado e há um grande número delas que me marcaram. O impacto que elas têm sobre mim varia de dia para dia, mas hoje é um dia bom para falar de baladas. As baladas normalmente tentam apelar ao sentimento, seja por ser necessário ter um single a vender como sardinha assada em noite de colete encarnado para por o pão em cima da mesa ou seja porque ela faz sentido e tem que sair cá para fora. Este acho que pertence, sem dúvida, ao último grupo. Uma música sentida, escrita por Jon Schaffer, líder e alma dos Iced Earth, em homenagem a um amigo de infância que faleceu num acidente. A emoção sente-se e toma-se como se fosse nossa, por já o termos sentido com pessoas que amámos e que infelizmente partiram. Uma grande música que me emociona sempre que a ouço.

I had a friend many years ago
One tragic night he died
The saddest time of my life
For weeks and weeks i cried
Through the anger and through the tears
I've felt his spirit through the years
I'd swear, He's watching me
Guiding me through hard times

I feel it once again
It's overwhelming me
His spirits like the wind
The angel guarding me
Oh, I know, oh, I know
He's watching over me
Oh, I know, oh, I know
He's watching over me

We shared dreams like all best friends
Blood brothers at the age of ten
We lived reckless, he paid the price
But why? Why did he have to die?
It still hurts me to this day
Am I selfish for feeling this way?
I know he's an angel now
Together we'll be someday

I feel it once again
It's overwhelming me
His spirits like the wind
The angel guarding me
Oh, I know, oh, I know
He's watching over me
Oh, I know, oh, I know
He's watching over me


Thursday, May 27, 2010

Full Moon Madness - Moonspell

A maior banda portuguesa de metal tinha que estar aqui representada mais cedo ou mais tarde. Tal como em muitas das bandas das quais já falei aqui, esta música foi escolhida não por ser a que tem mais importância para mim mas por ser uma delas. E tem que se começar por algum lado.
Tendo em mente a base de seguidores que fez deles o que eles eram na altura (e o que são hoje) do lançamento do álbum Irreligious, Full Moon Madness é uma homenagem sincera a esses fãs e tem por isso um feeling especial, seja por ter partes em português, seja pelo sentido das mesmas. Uma atmosfera épica mas ao mesmo tempo com o seu toque sentimental, mas sempre de uma forma macho. É engraçado que esta música é a última do álbum e que no seguinte grande parte dessa base de seguidores viria a perder o seu interesse na banda, devido às suas experimentações mais electrónicas mas isso já é outra história.
É uma música que quer queira quer não me traz imagens, não de fantasia mas de memórias minhas, do Verão de 1996, ano em que foi lançado o álbum, e que tem esse poder hoje em dia cada vez que a tocam, é um hino da banda, com o intuito planeado de o ser e em dois álbuns conseguem dois hinos gigantes e épicos - Alma Mater no Wolfheart - coisa difícil de se conseguir atingir. E claro, o solo de Ricardo Amorim. Em termos técnicos não é a coisa mais assombrosa do mundo, mas tem um feeling desgraçado.
Uma grande música para ouvir de preferência ao ar livre, durante uma noite qualquer de Verão.


Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens
E o tornarão a ser

They awake for flesh
Choose pain as a path
Refuse a light
To blind you and me

Full Moon Madness,
We are as one and congregate
Full Moon Madness
We rise again to procreate

Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
Ou talvez memórias de homens.
Que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
Mas que jamais o tornarão a ser...

They awake for flesh
Choose pain as a path
Refuse a light
To blind you and me

Full Moon Madness,
We are as one and congregate
Full Moon Madness
We rise again to procreate to seal our fate

Irreverence was cast out from the sky
And eternity lost it's sex forever
And under the same heaven they voted to emptiness
They still celebrate under a Full Moon Madness...

They awake for flesh
Choose pain as a path
Refuse a light to blind you and me

Irreverence was cast out from the sky
And eternity lost it's sex forever
And under the same heaven they voted to emptiness
We still celebrate under a Full Moon Madness...


Thursday, April 22, 2010

O Fortuna - Carl Orff

Esta música, ou tema, da ópera Carmina Burana pertence à cultura contempôranea e, porque não, popular das últimas décadas. Embora tenha sido composta originalmente nos anos 30, foi nas últimas décadas do século vinte que a popularidade da canção disparou graças a inclusão em inúmeros filmes e anúncios. Quem não se lembra de Excalibur ou do anúncio da Old Spice? Em termos da música, a sua pompa épica e grandiosa fazem com que o seja impossível não ficar na memória. Inúmeras bandas já utilizaram samples da música (Ozzy Osbourne usava-a como introdução nos seus espectáculos, por exemplo) e outras tantas coverizaram-na (Therion no álbum Deggial, para citar outro exemplo).
O Fortuna é um poema que faz parte de um conjunto de textos/poemas intitulado Carmina Burana que foram escritos, calcula-se, em meados do século XIII, em latim informal, chamemos-lhe assim. Carl Orff pegou em 24 destes poemas e musicou-os, usando O Fortuna, uma declamação à Fortuna, deusa romana da sorte, como início e fim da peça. Tenho a felicidade de possuir esta obra e apesar de ser grandiosa no seu todo, não há comparação com o seu início e fim. Uma das músicas, sem dúvida, da minha vida.

Latim

O Fortuna
velut luna
statu variabilis,
semper crescis
aut decrescis;
vita detestabilis
nunc obdurat
et tunc curat
ludo mentis aciem,
egestatem,
potestatem
dissolvit ut glaciem.

Sors immanis
et inanis,
rota tu volubilis,
status malus,
vana salus
semper dissolubilis,
obumbrata
et velata
mihi quoque niteris;
nunc per ludum
dorsum nudum
fero tui sceleris.

Sors salutis
et virtutis
mihi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora
corde pulsum tangite;
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!


Português

Ó Fortuna
és como a Lua
mutável,
sempre aumentas
e diminuis;
a detestável vida
ora oprime
e ora cura
para brincar com a mente;
a miséria,
o poder,
ela os funde como gelo.

Sorte imensa
e vazia,
tu – roda volúvel –
és má,
vã é a felicidade
sempre dissolúvel,
nebulosa
e velada
também a mim contagias;
agora por brincadeira
o dorso nu
entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
e virtude
agora me é contrária.

e tira
mantendo sempre escravizado.
nesta hora
sem demora
tange a corda vibrante;
porque a sorte
abate o forte,
chorais todos comigo!


Wednesday, March 10, 2010

Transylvania - Iron Maiden

Os instrumentais foram uma das grandes razões por eu ficar completamente vedrado na música pesada. A musicalidade, o peso, o entusiasmo, o virtuosismo, tudo isso me chamou a atenção para o estilo e sempre que uma banda tinha um instrumental, eu simplesmente tinha de o arranjar. Lembro-me de fazer compilações de instrumentais, de Maiden, Metallica, Anthrax, Manowar, Megadeth, Running Wild e afins. Não sei exactamente o porquê, mas sempre me transmitiu uma magia que por vezes as palavras ou voz não conseguiam. Esta, contida no primeiro álbum dos Iron Maiden, é uma das grandes músicas instrumentais do heavy metal. Impossível não se contagiar.


Tuesday, February 2, 2010

To Mega Therion - Therion

Seria inevitável. Por muito que tente adiar as músicas mais óbvias, é certo que elas começam a aparecer mais cedo ou mais tarde. E também, porquê estar a guardar o melhor para o fim quando o fim pode ser a qualquer momento?
Já tinha um fascínio por Therion devido à música Black, que aparecia na compilação Death... Is Just The Beginning Part III - como já referi na crítica que fiz a esta compilação no meu sítio secreto - mas quando ouvi este To Mega Therion na compilação Beauty In Darkness, fiquei completamente... WOW!
O extremismo dos Therion do início da década de 90 já estava aqui completamente diluído e a única coisa que temos desses tempos é a voz de rafeiro de Christofer Jonhsson, em menores quantidades claro. Por outro lado, a vertente mais tradicional começa a tornar-se mais constante, com uma profunda raiz neo-clássica - a lembrar as experiências de Ritchie Blackmore - muito graças à interacção entre as guitarras, piano, orquestração e coros. Massivo e revolucionário. Isto numa altura em que não era moda gravar com orquestras e lançar álbuns/espectáculos com muito marketing por trás mas infelizmente, em alguns casos, pouco contéudo musical relevante. Therion ou Christofer - já que ele é o único membro fundador e sem dúvida a alma da banda - lançou o álbum Theli de onde foi retirado este clássico numa altura em que considerava acabar com tudo devido aos fracos resultados de vendas. Por casmurrice e por acreditar naquilo que gosta, decidiu gravar o álbum preparado para depois se "reformar", não tendo feito qualquer plano posterior. To Mega Therion arrebentou, o álbum também - que vendeu como gingas, e ele viu-se obrigado a arranjar uma banda à última da hora para levar o álbum em tour. Esta música é o exemplo máximo deste álbum:
Melodia, peso e sobretudo um espírito metal neo-clássico muito bem vincado e conseguido. Com alguns clichês musicais mas é essa simplicidade e eficiência que faz com que esta música fique gravada na história do metal.
Um dos poucos casos em que a letra não tem importância nenhuma para mim, não que sejam interessantes - das poucas bandas que tem sempre o mesmo (com alguns ajustes ao longo do caminho, claro) tema nas suas letras, o ocultismo presente nas tradições mais antigas das culturas conhecidas.
Ah, e ao vivo esta música... arrasa!!

Powers of Thagirion
Watch the Great Beast to be
For To Mega Therion
The Draconian melody
The Dragon open the eye
And reveal both truth and lie
Spiritual supremacy

Ride the Beast of ecstasy
Spiritual supremacy
Ride the Beast of ecstasy

Ialbaophs creative spark
Manifests the utmost dark
Ialbaophs creative spark

Meaning of the letter Theth
Hide the force of Baphomet
Meaning of the letter Theth

The wound of Baal will be healed
When sign of time is unsealed
The wound of Baal will be healed

The world will burn by Soraths flame
And through the solar sign proclaim

Ascending fiend of the sea
Will fulfill prophecy
Man will feel the wrath of Beast
When fenris wolf is released
The Dragon open the eye
Reveal both truth and lie
Spiritual supremacy

The end of revelation
A soulful violation
The end of revelation

Bear the mark of victory
And the spear of destiny
Bear the mark of victory

Powers of Thagirion
For To Mega Therion
Powers of Thagirion

Watch the Great Beast to be
The Draconian melody
Watch the Great Beast to be

The world will burn by Soraths flame
And through the solar sign proclaim

Powers of Thagirion
Is the Great Beast to be
The To Mega Therion

Powers of Thagirion
For To Mega Therion
Powers of Thagirion

Watch the Great Beast to be
The Draconian melody
Watch the Great Beast to be

Meaning of the letter Theth
Hide the force of Baphomet
Meaning of the letter Theth

The wound of Baal will be healed
When sign of time is unsealed
The wound of Baal will be healed

The world will burn by Soraths flame
And through the solar sign proclaim